O moralismo e a prisão interior
Quando nos aprofundamos na vida da Igreja, lemos as encíclicas, a Palavra de Deus, a vida dos santos, estudamos a doutrina, ficamos cada vez mais encantados com a retidão e a sabedoria da Santa Igreja. Isto suscita em nós um grande desejo de ensinar e transmitir isso a todas as pessoas; mas, nesse desejo (até um tanto virtuoso) podemos cair em um grande mal: o moralismo.
Moralismo é a atitude daquele que é rígido excessivamente, não consigo, mas com os outros. O Papa Francisco em uma de suas homilias na Casa Santa Marta disse: " tomai cuidado com os rigorosos, eles guardam algo ruim dentro de si".
O Moralismo (ou rigorismo) gera em nosso coração uma "prisão" que nos impede de sermos surpreendidos por Deus, fazendo com que "contristemos o Espírito Santo".
São Paulo Apóstolo na Carta aos Romanos (portanto ele dirige essa carta especialmente a nós Católicos Romanos) faz a sua famosa tese da Lei e da Graça. Os primeiros 3 capítulos elencando os pecados e mostrando que , sem o auxílio da graça, ninguém era capaz de seguir a risca a Lei do Senhor, e mostra também o perfil do moralista: " Assim, és inescusável, ó homem, quem quer que sejas, que te arvoras em juiz. Naquilo que julgas a outrem, a ti mesmo condenas; pois tu, que julgas, fazes as mesmas coisas que eles... tu, que ensina que não se deve furtar, furtas! Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras! Tu que abomina os ídolos, pilhas os seus templos! Tu, que te glorias da lei de Deus, a ela fere com tuas transgressões, por isso diz a Escritura: ' por vossa causa, o nome de Deus é blasfemado entre os pagãos' (Is 52,5) " (Rm 2, 1-2, 17-24).
Não digo (como fazem infelizmente os protestantes) que a doutrina não é necessária ou os mandamentos não são válidos, é ótimo ler encíclica e a Palavra de Deus; mas se pergunte, será que eu sem a graça do Espírito Santo posso vive-las adequadamente?
O moralista é tentado a ser "um pelagianista", ou seja, de buscar a perfeição na lei sem a oração ou o auxílio Divino. Se reza, reza sem profundidade, sem sondar seu coração, sem buscar a cura das suas paixões, sem sentir a ternura e a mansidão do Coração de Jesus. Por isso, ele não consegue ser misericordioso nos seus atos, nas suas palavras, na convivência com o mundo (e principalmente, não suporta ele conviver com os pecadores). Ele não consegue entender aquilo que São Paulo diz : "pelo pecado de um só, todos foram privados da Glória de Deus " (Rm 3,23), por isso, se vê ilusoriamente como o ser mais santo da Igreja, e se vê no direito de, porque sabe da letra, ser severo com quem não segue a risca a doutrina e os mandamentos. Mas será que isso salva alguém? Será que isso ajuda alguém a encontra a Deus?
Aqui está outro problema do moralista: o egoísmo. Ele não evangeliza para salvar almas, mais "evangeliza" (se assim podemos chamar) para mostrar sua sabedoria, contradizendo assim o Imitação de Cristo que diz: "Que ninguém seja sábio ao seu próprio olhar".
Se você esta nessa situação deve estar se perguntando: Como faço para sair desse caminho tortuoso? é simples, Confie na Misericórdia de Deus e confesse-se o quanto antes.
O que ajuda muito também é a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Tire uns minutos do seu dia para estar aos pés de uma imagem do Sagrado Coração, olhe para ele e , em silêncio, tente ver os sentimentos que há pulsando nesse Coração. Dele aprenderás o que é o amor, a misericórdia, e aprenderás acima de tudo que todos merecem uma segunda chance, inclusive Você!
Lucas Eduardo
Comunidade Geração de Maria
Moralismo é a atitude daquele que é rígido excessivamente, não consigo, mas com os outros. O Papa Francisco em uma de suas homilias na Casa Santa Marta disse: " tomai cuidado com os rigorosos, eles guardam algo ruim dentro de si".
O Moralismo (ou rigorismo) gera em nosso coração uma "prisão" que nos impede de sermos surpreendidos por Deus, fazendo com que "contristemos o Espírito Santo".
São Paulo Apóstolo na Carta aos Romanos (portanto ele dirige essa carta especialmente a nós Católicos Romanos) faz a sua famosa tese da Lei e da Graça. Os primeiros 3 capítulos elencando os pecados e mostrando que , sem o auxílio da graça, ninguém era capaz de seguir a risca a Lei do Senhor, e mostra também o perfil do moralista: " Assim, és inescusável, ó homem, quem quer que sejas, que te arvoras em juiz. Naquilo que julgas a outrem, a ti mesmo condenas; pois tu, que julgas, fazes as mesmas coisas que eles... tu, que ensina que não se deve furtar, furtas! Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras! Tu que abomina os ídolos, pilhas os seus templos! Tu, que te glorias da lei de Deus, a ela fere com tuas transgressões, por isso diz a Escritura: ' por vossa causa, o nome de Deus é blasfemado entre os pagãos' (Is 52,5) " (Rm 2, 1-2, 17-24).
Não digo (como fazem infelizmente os protestantes) que a doutrina não é necessária ou os mandamentos não são válidos, é ótimo ler encíclica e a Palavra de Deus; mas se pergunte, será que eu sem a graça do Espírito Santo posso vive-las adequadamente?
O moralista é tentado a ser "um pelagianista", ou seja, de buscar a perfeição na lei sem a oração ou o auxílio Divino. Se reza, reza sem profundidade, sem sondar seu coração, sem buscar a cura das suas paixões, sem sentir a ternura e a mansidão do Coração de Jesus. Por isso, ele não consegue ser misericordioso nos seus atos, nas suas palavras, na convivência com o mundo (e principalmente, não suporta ele conviver com os pecadores). Ele não consegue entender aquilo que São Paulo diz : "pelo pecado de um só, todos foram privados da Glória de Deus " (Rm 3,23), por isso, se vê ilusoriamente como o ser mais santo da Igreja, e se vê no direito de, porque sabe da letra, ser severo com quem não segue a risca a doutrina e os mandamentos. Mas será que isso salva alguém? Será que isso ajuda alguém a encontra a Deus?
Aqui está outro problema do moralista: o egoísmo. Ele não evangeliza para salvar almas, mais "evangeliza" (se assim podemos chamar) para mostrar sua sabedoria, contradizendo assim o Imitação de Cristo que diz: "Que ninguém seja sábio ao seu próprio olhar".
Se você esta nessa situação deve estar se perguntando: Como faço para sair desse caminho tortuoso? é simples, Confie na Misericórdia de Deus e confesse-se o quanto antes.
O que ajuda muito também é a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Tire uns minutos do seu dia para estar aos pés de uma imagem do Sagrado Coração, olhe para ele e , em silêncio, tente ver os sentimentos que há pulsando nesse Coração. Dele aprenderás o que é o amor, a misericórdia, e aprenderás acima de tudo que todos merecem uma segunda chance, inclusive Você!
Lucas Eduardo
Comunidade Geração de Maria
Comentários
Postar um comentário