Festa de São Joaquim e Santa Ana: As alegrias de se ter Avós
Quero neste dia partilhar com vocês minha experiência da alegria de se ter avós.
Hoje é dia dos nossos avós espirituais, São Joaquim e Santa Ana; e durante a Missa de hoje eu me lembrei dos meus tempos de criança. Como agradeci ao Senhor por ter tido avós e por ainda ter minha avó da parte de mãe; e ao mesmo tempo rezei pelos meus avós falecidos para que, se estiverem no purgatório, Nosso Senhor os leve para o céu.
Eu sempre convivi muito com meus avós, tanto por parte de pai quanto por parte de mãe, e tenho em minha memória duas figuras importantíssimas para mim: meu avô Antônio e minha avó Joana.
Meu vô Antônio era um homem muito piedoso, de Missa dominical (e não sei se diária, porque infelizmente não conhecia sua vida espiritual) e devoto do Coração de Jesus, e sempre me levava pra Missa das crianças na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. Ele tinha até uma arte-manha para me levar; ele me dizia: "se você for comigo, depois eu compro sorvete pra você".
Minha infância então foi crescendo na Santa Missa e tenho certeza que se hoje estou na Igreja, muito é por mérito das suas orações e do seu exemplo. Do meu avô não aprendi só a viver dentro da Igreja, mas aprendi uma coisa que para mim é muito importante, a viver a fé fora da Igreja.
Ele tinha um jeito muito simples de viver a vida. Lembro-me das vezes que meu avô morava perto de um club abandonado, e nesse club tinha jogo de bocha, e eu com meus 5 anos gostava muito de jogar com ele. Depois ele se mudou pra perto do Poliesportivo do Parque Industrial (quem mora por perto deve conhecer) e me levava com minhas irmãs (que também fazer parte da Comunidade) todos os domingos. Jogávamos bola, brincávamos no parquinho, escorregávamos na pista de skate e furávamos as calças que tínhamos, a ponto da minha mãe ficar brava com a gente e com meu avô por ter deixado que escorregássemos com nossas calças novas. Quantas boas lembranças desse santo homem não poderia contar para vocês, mas contento-me em contar essas. Queria muito que meu avô me visse hoje na Igreja, acho que teria muito orgulho de mim.
Quando ele morreu foi um choque pra mim; me revoltei com Deus pois, o único que me levava pra Igreja Ele me tirou, e por conta disso sai da Igreja (se quiserem depois conto em outro artigo a história da minha conversão).
Me lembro também da Minha Vó Joana, que é da parte do meu pai. Ela era vicentina, e me recordo sempre dela no seu quarto rezando o terço.
Devotíssima da Santa Virgem das Graças, ela desfiava todos os dias seu Santo Terço, frequentava frequentemente a campanha do quilo, e provavelmente participava também da Legião de Maria (deduzo isso pela devoção a Nossa Senhora que ela tinha). Seu esposo, meu avô Manoel, não era do tipo que demonstrava muito afeto. Sempre sério, lembro-me só de um abraço que ele me deu. Lembro-me também que eu e meu primos corríamos pela casa e quebrávamos as coisas; meu avô logo se enfurecia e nos ameaça com a cinta, mas minha vó, como faz a Bem-Aventurada Virgem com seu Filho, o acalmava para não apanharmos.
Dessas duas figuras me vieram o profundo amor a Jesus Eucarístico e a Missa, e a devoção filial a Nossa Senhora, e não posso sem um aperto no peito e lagrimas, lembrar deles. Quanta Saudade não sinto de seus beijos, abraços, conversas, risadas e até mesmo das brigas que tínhamos.
Que onde estiverem (espero pelo bondade de Deus, pelo menos no purgatório), rezem por mim, para que eu também a seu exemplo, seja santo e espalhe o amor de Jesus e Maria nas crianças e no mundo inteiro.
Convido você hoje meu caro leitor a se lembrar dos seus avós. Não conheço sua família, sua infância e convivência, mas convido para que se lembre deles. Que os perdoe se fizeram algo de mal a você, que agradeça a Deus e se possível a eles por tudo que te ensinaram, e que os ame e reze por eles, para, se vivos, seja santos e felizes, e se mortos, descansem no coração da Trindade por todos os séculos. Amém!
Lucas Eduardo
Comunidade Geração de Maria
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