Sexta-feira Santa: Paixão de Cristo

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             Sabemos muito bem que não é fácil para ninguém comentar sobre esse tema, pois se trata de uma vítima, sem pecado e culpa alguma, que foi levado a morte "como ovelha muda diante do tosquiador". (Isaías 53,7).
             O Catecismo da Igreja Católica, no paragrafo 1765 diz: "que a percepção do mal, provoca aversão e medo do mal, que está por chegar". Foi exatamente isto que Cristo sofreu em sua agonia, na sua condição humana sentiu medo e abandono, como ele próprio relatou: "Minha alma está numa tristeza de morte" (Mt 26,37).
            Aprofundando melhor sobre "A paixão de Cristo ", vemos a seguinte colocação do catecismo da igreja que diz: "Amar é querer algo de bom para alguém. Todos os demais afetos têm sua fonte no movimento original no coração do homem para o bem. Só existe o bem que é amado. As paixões são más se o amor é mau, boas se o amor é bom (p.1766). Sendo assim, "o amor me explicou tudo" (São João Paulo II), foi e sempre será o amor que nos levará a querer o bem, onde muitas vezes, principalmente nos tempos atuais, temos olhado e visto somente violência. Independentemente do erro que foi feito para gerar a violência que presenciamos hoje, Cristo não despreza aquele que violentou e muito menos o violentado,mesmo se eu e você desprezar essas pessoas, ele ama e ele amando ele quer o bem.
            E para este buscar, ou melhor este ir, aprendamos através de um grande santo da igreja, São Luis Maria Grignion De Montfort ele que diz, sobre a "Via da Perfeição Cristã". Dizendo que toda a perfeição cristã consiste naquilo que diz o senhor: "Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga" (Lc 9,23). Tirando através disso, quatro passos que precisamos fazer: primeiro; a vontade de se tornar santo; segundo; a conversão diária, terceiro; a mortificação, e por ultimo a ação. (Livro Carta aos Amigos da Cruz -  p.28)
              Ao ver a proposta do Mestre, muitas vezes nos perguntamos: "Como faremos isso? Como me renunciarei a mim mesmo se sou tão fraco e apegado a tantas coisas?". Como aqueles discípulos do capítulo 6 de São João, nós dizemos: " Ele tem palavras muito duras; quem poderá segui-las?" (Jo 6,60). Mas é precisamente aqui que vemos o quão bom é o Senhor.
              Com a sua Paixão, Jesus conseguiu do Pai, como nos diz São Paulo Apóstolo, "todas as graças com Ele" (Rm  5,11). Sendo assim, pelas Santa Chagas de Cristo recebemos a força do Amor de Deus por nós, que nos faz capazes de dar os passos até Ele, de encontro com a sua vontade, que precisamente é a Cruz.
             Ontem celebrávamos a instituição da Eucaristia; não teríamos a Eucaristia se Jesus não a tivesse consumado pela Cruz. Pela sua Paixão, Nosso Senhor se deu a nós de uma vez por todas, e pela sua Igreja, detentora dos méritos da Cruz de Cristo, pelos sacramentos recebemos essa efusão de graças e a força necessária para nossa Salvação. Por isso eis o segredo da santidade, de abraçar a Cruz: A Eucaristia !
             Concluímos com as palavras de Jesus a Beata Alexandrina: "Eu te coloquei no mundo para que vivas somente de mim, para testemunhar ao mundo o valor da eucaristia. A cadeia mais forte que acorrenta as a satanás é a carne, é a impureza. Nunca se viu antes uma expansão de vícios, de maldades e de crismes como hoje! Nunca se pecou tanto. A Eucaristia, o meu corpo e meu sangue! Eucaristia eis a salvação do mundo". 
              Somos chamados a refletir, nesta sexta-feira este amor sublime de um único Deus com a humanidade; passemos um tempo com Ele, olhemos sua cruz e vejamos o quando valemos para Deus: "nós valemos o sangue de um Deus Crucificado" (Santo Agostinho)

Eduarda Vanessa
Vocacionada

 Guilherme Moreira
Co-Fundador

 Comunidade Geração de Maria

Fontes:
"Catecismo da Igreja Católica"
"Sagrada Escritura"
"Livro Carta aos amigos da Cruz"
"Vida da Beata Alexandrina Maria da Costa"
"Pe. Paulo Ricardo - https://padrepauloricardo.org/blog/a-unica-religiao-com-uma-sexta-feira-santa

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