Venerável Maria Teresa de Jesus Eucarístico: O primeiro encontro com o amor sacramentado
Como vimos no artigo anterior (http://comunidadegeracaodemaria.blogspot.com.br/2018/01/veneravel-madre-teresa-de-jesus.html), Dulce perdeu seu pai quando ainda tinha dez dias; forçando sua mãe a trabalhar para o seu sustento e de seus irmãos.
Sua mãe, muito devota e zelosa pela educação dos filhos, matriculou a pequena Dulce no externato São José, uma escola pertencente ás irmãs de São José de Chambèry¹. Nesse período Dulce tinha 8 anos de idade.
Como nos diz a Ir. Domitila, esse período foi marcante para o desenvolvimento da sua espiritualidade. Ali Dulce pegou gosto pela oração, amor a Nossa Senhora e extremada devoção a Jesus Sacramentado (que mais tarde virá a ser o amor da sua vida e a herança que deixará as suas filhas espirituais). Também desse tempo, temos um episódio particular que, em seu livro, a Ir. Domitila nos conta. A superiora da Congregação onde Dulce estudava esteve na sua escola. Ao ve-la, a superiora fixou sobre ela seu olhar de um jeito diferente e impões as mãos mais demoradamente sobre ela. A Venerável nunca mais esqueceria daquele dia².
Depois dessa visita, Dulce começa manifestar o desejo da vida religiosa.
A primeira comunhão
Seu primeiro encontro com aquele a quem ela doaria sua vida foi no dia 1° de Setembro de 1912, num Domingo, dia de Nossa Senhora da Penha.
Como ela esperava esse dia ! Um ano antes, ao ver sua irmã Gracia comungar, ela pediu para comungar também; mas não a permitiram devido a idade.
Ir. Domitila, como amiga intima da Venerável, nos conta o que se passava nesse coração juvenil. Diz ela que ela nos conta é a dedicação com que se preparara para a Missa de comunhão. Quando recebe Nosso Senhor, Dulce se ajoelha e nunca mais esquecerá aquela comunhão.
Uma das coisas que mais me impressionam nos santos é a devoção que eles mantinham pelos sacramentos. No livro "A Mulher de Pentecostes" (link da tradução desse livro, cujo original é Italiano:https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-927804135-livro-elena-guerra-apostola-do-espirito-santo-padre-dudu-_JM), conta-se que a Beata Elena Guerra celebrava todos os anos a data do seu Batismo, pois dizia que naquele dia recebeu a maior graça que poderia ganhar, de ser Filha de Deus. Já a Venerável Madre Teresa, guardava e celebrava com toda a gratidão a data da sua primeira comunhão; isso fez até a sua morte.
Depois de seu encontro com o Amor Eucarístico, Dulce começou a ingressar em movimentos para servir a Igreja. Aos 14 anos fez parte das Filhas de Maria, passando depois á Pia União da Paróquia Santa Efigênia.
Dentro do Externato fez parte da Guarda de Honra do Sagrado Coração de Jesus; e desse movimento levaria para sempre a devoção ardente ao Divino Coração, como vemos em suas orações.
Adolescência
Nesse tempo, Dulce se destacava pelo apreço ao estudo. Ir. Domitila nos conta um caso curioso. Nos tempos de chuva, ela acendia uma vela aos seus santos de devoção e lhes pedia a graça da chuva parar, pois queria ir a escola.³
Também nesse período, Dulce deixava transparecer seu carinho pelos doentes. Desde pequena, nossa Dulce cuidava de suas bonecas; cuidava de seus "ferimentos", administrava-lhes os remédios.
Numa de suas férias escolares ela foi com os irmãos, como de costume, a chácara do seu tio em São João da Boa Vista. Nesta ocasião, adoeceu gravemente. Levada as pressas para São Paulo, foi diagnosticada com apendicite supurada. Apesar dos poucos recursos da época, sua cirurgia foi um sucesso; mas, dali em diante, sua saúde nunca mais foi a mesma.
Terminado o ensino no Colégio de São José, Dulce matriculou-se no Instituto de Educação (que na época chamava-se Caetano Campos).
Em 29 de Novembro de 1919 formou-se professora; cargo que exerceu algum tempo. Mesmo sendo professora e exercendo o seu dedicado cargo, nossa Venerável não descuidou da sua vida de amizade com Deus. Com sua vida interior, sobrenaturalizava seu trabalho profissional; não via apenas alunos, mas almas amadas por Deus e necessitadas do seu amor.
Ir. Domitila no seu livro sobre a Venerável Madre, nos diz que nesse tempo, apesar do intenso trabalho de ensinar, Dulce ia Missa todos os dias em outro bairro. Apesar disso, mantinha direção espiritual com o Rvmo. Dom Gastão Liberal Pinto.
Durante a fase "da rebeldia", temendo ter outros amores além de Cristo, Dulce compôs uma oração que, posteriormente, ganhou o nome de "Atraí-me". Termino com essa oração o artigo; no próximo trataremos da doença que a levou a nossa cidade, São José dos Campos.
" Atraí-me, ó Jesus, para as regiões luminosas da fé e do amor.
Cegai os meus olhos para os atrativos da terra e abri-os para os encantos do céu.
Desapegai-me inteiramente de tudo e de mim mesma (o) e uní-me fortemente a vós pelos vínculos do amor.
Ó Jesus, eu vos peço de tomar-me toda (o) para vós e de nada deixar de mim para as criaturas.
Tirai-me a faculdade de procurar fora de vós o afeto de que minh'alma sente a sede ardente.
Consumi-me inteiramente no altar do meu coração ao fogo do vosso amor.
Que eu nada seja para as criaturas e elas nada para mim.
Ó Jesus, por vós viver de amor, morrer de amor, oculta (o) em vosso Coração. Amém."
Venerável Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, rogai por nós !
Lucas Eduardo
Comunidade Geração de Maria
¹: Do tempo á eternidade, Ir. Domitila, pág 17
²: Do tempo á eternidade, Ir. Domitila, pág 17
³: Do tempo á eternidade, Ir. Domitila, pág 18
Sua mãe, muito devota e zelosa pela educação dos filhos, matriculou a pequena Dulce no externato São José, uma escola pertencente ás irmãs de São José de Chambèry¹. Nesse período Dulce tinha 8 anos de idade.
Como nos diz a Ir. Domitila, esse período foi marcante para o desenvolvimento da sua espiritualidade. Ali Dulce pegou gosto pela oração, amor a Nossa Senhora e extremada devoção a Jesus Sacramentado (que mais tarde virá a ser o amor da sua vida e a herança que deixará as suas filhas espirituais). Também desse tempo, temos um episódio particular que, em seu livro, a Ir. Domitila nos conta. A superiora da Congregação onde Dulce estudava esteve na sua escola. Ao ve-la, a superiora fixou sobre ela seu olhar de um jeito diferente e impões as mãos mais demoradamente sobre ela. A Venerável nunca mais esqueceria daquele dia².
Depois dessa visita, Dulce começa manifestar o desejo da vida religiosa.
A primeira comunhão
Seu primeiro encontro com aquele a quem ela doaria sua vida foi no dia 1° de Setembro de 1912, num Domingo, dia de Nossa Senhora da Penha.
Como ela esperava esse dia ! Um ano antes, ao ver sua irmã Gracia comungar, ela pediu para comungar também; mas não a permitiram devido a idade.
Ir. Domitila, como amiga intima da Venerável, nos conta o que se passava nesse coração juvenil. Diz ela que ela nos conta é a dedicação com que se preparara para a Missa de comunhão. Quando recebe Nosso Senhor, Dulce se ajoelha e nunca mais esquecerá aquela comunhão.
Uma das coisas que mais me impressionam nos santos é a devoção que eles mantinham pelos sacramentos. No livro "A Mulher de Pentecostes" (link da tradução desse livro, cujo original é Italiano:https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-927804135-livro-elena-guerra-apostola-do-espirito-santo-padre-dudu-_JM), conta-se que a Beata Elena Guerra celebrava todos os anos a data do seu Batismo, pois dizia que naquele dia recebeu a maior graça que poderia ganhar, de ser Filha de Deus. Já a Venerável Madre Teresa, guardava e celebrava com toda a gratidão a data da sua primeira comunhão; isso fez até a sua morte.
Depois de seu encontro com o Amor Eucarístico, Dulce começou a ingressar em movimentos para servir a Igreja. Aos 14 anos fez parte das Filhas de Maria, passando depois á Pia União da Paróquia Santa Efigênia.
Dentro do Externato fez parte da Guarda de Honra do Sagrado Coração de Jesus; e desse movimento levaria para sempre a devoção ardente ao Divino Coração, como vemos em suas orações.
Adolescência
Nesse tempo, Dulce se destacava pelo apreço ao estudo. Ir. Domitila nos conta um caso curioso. Nos tempos de chuva, ela acendia uma vela aos seus santos de devoção e lhes pedia a graça da chuva parar, pois queria ir a escola.³
Também nesse período, Dulce deixava transparecer seu carinho pelos doentes. Desde pequena, nossa Dulce cuidava de suas bonecas; cuidava de seus "ferimentos", administrava-lhes os remédios.
Numa de suas férias escolares ela foi com os irmãos, como de costume, a chácara do seu tio em São João da Boa Vista. Nesta ocasião, adoeceu gravemente. Levada as pressas para São Paulo, foi diagnosticada com apendicite supurada. Apesar dos poucos recursos da época, sua cirurgia foi um sucesso; mas, dali em diante, sua saúde nunca mais foi a mesma.
Terminado o ensino no Colégio de São José, Dulce matriculou-se no Instituto de Educação (que na época chamava-se Caetano Campos).
Em 29 de Novembro de 1919 formou-se professora; cargo que exerceu algum tempo. Mesmo sendo professora e exercendo o seu dedicado cargo, nossa Venerável não descuidou da sua vida de amizade com Deus. Com sua vida interior, sobrenaturalizava seu trabalho profissional; não via apenas alunos, mas almas amadas por Deus e necessitadas do seu amor.
Ir. Domitila no seu livro sobre a Venerável Madre, nos diz que nesse tempo, apesar do intenso trabalho de ensinar, Dulce ia Missa todos os dias em outro bairro. Apesar disso, mantinha direção espiritual com o Rvmo. Dom Gastão Liberal Pinto.
Durante a fase "da rebeldia", temendo ter outros amores além de Cristo, Dulce compôs uma oração que, posteriormente, ganhou o nome de "Atraí-me". Termino com essa oração o artigo; no próximo trataremos da doença que a levou a nossa cidade, São José dos Campos.
" Atraí-me, ó Jesus, para as regiões luminosas da fé e do amor.
Cegai os meus olhos para os atrativos da terra e abri-os para os encantos do céu.
Desapegai-me inteiramente de tudo e de mim mesma (o) e uní-me fortemente a vós pelos vínculos do amor.
Ó Jesus, eu vos peço de tomar-me toda (o) para vós e de nada deixar de mim para as criaturas.
Tirai-me a faculdade de procurar fora de vós o afeto de que minh'alma sente a sede ardente.
Consumi-me inteiramente no altar do meu coração ao fogo do vosso amor.
Que eu nada seja para as criaturas e elas nada para mim.
Ó Jesus, por vós viver de amor, morrer de amor, oculta (o) em vosso Coração. Amém."
Venerável Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, rogai por nós !
Lucas Eduardo
Comunidade Geração de Maria
¹: Do tempo á eternidade, Ir. Domitila, pág 17
²: Do tempo á eternidade, Ir. Domitila, pág 17
³: Do tempo á eternidade, Ir. Domitila, pág 18
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