Paciência e Esperança

 Há certas coisas, momentos e fases da nossa vida que não há como mudar: a perda de um ente querido, uma doença, uma escolha mal feita ou até mesmo uma situação espiritual. Rezamos, buscamos grupo de oração, fazemos novena, nos confessamos e vamos a Santa Missa buscando o auxílio Divino, mas parece que, tal qual Jesus estava no barco com os Apóstolos dormindo enquanto cai sobre eles uma tempestade, assim também esta ele conosco. Parece que não nos escuta, não nos atende.
 O que fazer nos momentos como este? Exerça duas virtudes: a Paciência e a Esperança.
 Santo Antônio de Pádua, o santo mais rápido a ser canonizado na história da Igreja, já dizia: a paciência é o baluarte da alma. Sem a paciência torna-se impossível nossa peregrinação terrestre. Queremos tudo do nosso jeito: nossos sonhos, projetos, e até mesmo não aceitamos de bom grado nossas limitações e medos; e isso gera um fenômeno que eu chamo de cansaço espiritual. Semelhante a outros "Don-Quixotes, lutamos contra moinhos de vento", ou seja, lutamos contra aquilo que, neste momento, não podemos vencer.
 Temos nesse momento que confiar na Misericórdia de Deus, que nos chamou e é fiel ao chamado que nos fez. Como diz São Paulo aos Romanos: "porque ele não nos ajudaria agora se quando eramos seus inimigos, ele nos salvou em Cristo Jesus"? (Rm 5,8).
 Mas, como teremos paciência se não temos esperança de se alcançar o que esperamos? Pra que serve a paciência se não se espera algo em troca?
 Esse é o motivo pelo qual as pessoas na maioria das vezes são impacientes, elas não esperam algo depois do tempo de paciência. A esperança é a virtude daqueles que, remidos pelo Sangue de Jesus, esperam algo que virá; por isso, não se inquietam com nada que hoje aconteça; olhando para Deus, "vê que todas as situações contrárias são insignificantes" (Santa Clara).
 Se você está numa situação adversa pare e pense: Quando Deus quiser agir, quem impedirá? Quem é mais forte do que Ele? O que Ele não pode mudar?
 Por isso , digamos com São Paulo Apóstolo:
 "Por isso, nos alegramos até mesmo na tribulação; pois o sofrimento produz paciência, e prova a fidelidade e gera Esperança. E a Esperança não engana, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5,3-6).


Lucas Eduardo
Comunidade Geração de Maria

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