São João e a Igreja Apostólica
Hoje, dia 27/12, a Igreja celebra o dia do último apóstolo de Jesus Cristo; São João Apóstolo e Evangelista.
São João foi um dos primeiros discípulos de Nosso Senhor, chamado a segui-lo quando estava trabalhando na praia com seu pai Zebedeu e seu irmão São Tiago (Mc 1,19-20), e a partir dali, João, com aproximadamente 24 anos de idade, larga tudo e vai após Jesus. Durante toda sua vida notamos uma grande conversão.
Jesus chamava Tiago e João de "filhos do trovão", pois eram explosivos e irascíveis; e isso notamos naquela passagem que, ao Jesus ser rejeitado num povoado, eles lhe pediram que mandasse fogo sobre aquele povo (Lc 9,54). Mas, se olharmos para São João depois de Pentecostes, veremos o discípulo que mais falou do amor de Jesus e de sua Misericórdia. Foi ele que revelou quem é Deus: "Deus Caritas Est" (1Jo 4,8); foi ele quem instruiu os irmãos a amarem uns aos outros e os ensinou a amar como Jesus nos ama.
Hoje, enquanto estava na Missa, uma coisa me chamou atenção: foi a primeira leitura que se encontra na 1° carta de São João, no capítulo 1, dos versículos 1 até ao 4. Ali, João diz a sua comunidade que lhes anuncia o que viu, tocou e ouviu, ou seja, ele confirma a comunidade a sua posição de Apóstolo, de mensageiro e testemunha de Cristo. Mas, qual era o objetivo dessa confirmação do seu testemunho? Deixemos o próprio Apóstolo nos dizer:
"isso que vimos e ouvimos, vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco" (1Jo 1,3).
Mas, estar em comunhão com quem? Com os Apóstolos.
Os livros Sagrados que São João escreveu, trazem bastantes ensinamentos sobre o que é a Igreja. No Apocalipse, ele escreve que viu a Nova Jerusalém, e que essa cidade celeste "tinha doze alicerces"(Ap 21,14); e nesse trecho do texto de hoje, São João nos confirma que a Igreja primitiva nasceu Católica e permanece até hoje Católica, pois esta fundada sobre esses doze alicerces, Os Apóstolos do Cordeiro.
No começo da Igreja, nos séculos I e II, surgiu no meio cristão a heresia gnóstica, que consisti em dizer que a matéria (ou seja, o mundo) é mal, e foi criado por um "deus inferior" (Demiurgo), e o Deus verdadeiro enviou Jesus Cristo (que para os gnósticos não é Deus como o Pai, mas é um deus inferior ao Pai) para libertar os homens pela gnose, ou seja, pelo conhecimento e não pelo seu Sangue.
Para combater essa heresia, Deus levantou Santo Irineu, que escreveu contra o gnosticismo a carta Adversus Haeresis (Contra as heresias). E qual foi o argumento que derrubou o gnosticismo? Foi a Sucessão Apostólica, pois Irineu era discípulo de Policarpo, que foi discípulo justamente de São João Apóstolo.
Para sermos verdadeiramente católicos, é necessário abraçarmos os três pilares de nossa fé: A Sagrada Escritura, a Sagrada Tradição e o Magistério da Igreja, onde está inserido a sucessão apostólica.
Portanto peçamos a Deus, por intercessão do seu discípulo amado, que nos faça acreditar a sucessão apostólica, que abençoe os sucessores dos Apóstolos, que são os Bispos e o Santo Padre, afim de que a Igreja continue pregando aquilo que São João Apóstolo sempre pregou, e pelo qual entregou sua vida.
Viva a Igreja Apostólica, Viva a Igreja Romana ! São João, Apóstolo e Evangelista, rogai por nós !
Lucas Eduardo
Comunidade Geração de Maria
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