Enquanto houve Sacrário, não terei solidão

 Senhor, o que seria de mim se não houve o Sacrário? Quantas confidencias, quantas tardes de choro, de tristeza, mas também, quantos colóquios de alegria.
 É ali que tudo te conto, tudo te dou, tudo te falo. Ali é o lugar do meu repouso; ali é onde eu tenho a graça de te chamar de ' meu amigo'. Que graça maior do que esta, de me dirigir a Ti, Senhor do Céu e da terra, de 'meu Amigo'?
 Tu assim já me chamastes, mas, para que eu te chame assim é necessário que eu tenha uma disposição interior que só é possível quando me sinto amado por vós. E onde mais nesse mundo acharei o teu amor mais explicito do que na Eucaristia? 
 Por amor a mim, vós me criastes; mas ao me ver longe de Ti pelo pecado original, no tempo previsto, se encarnou no ventre da Santíssima Mãe, nasceu em um estábulo privado de toda honra e glória que no Céu carregas.
 Nascestes menino, e humildemente deixastes ser ensinado pelo Glorioso São José e pela Imaculada nas mínimas coisas como falar, andar, etc.
 Ficastes com seus pais para me ensinar o amor que devo a meus pais. Saístes para o ministério messiânico realizando milagres, cura, exorcismos, e principalmente pregações, ensinando-nos as verdades eternas e o caminho para o céu.
 Não satisfeito com tudo isso, aceitastes a morte por mim, e não qualquer morte, mas a morte de Cruz. Fostes escarnecido, maltratado, pisoteado, reduzido até o nada por amor a mim, carregando em seu Corpo santíssimo e no teu Sangue preciosíssimo os meus pecados para que 'por suas chagas eu fosse curado'. Mas antes disso, pensando também em mim, vendo que precisaria de um apoio, de consolo e de amor, na ultima ceia tu disseste: " Tomai todos e comei, isso é o meu Corpo... Tomai todos e bebei, isso é o meu sangue, Sangue da nova e Eterna Aliança que será derramado por vós e por todos para remissão dos pecados. Fazei isso em memória de mim".
 Jesus, quanta consideração a mim, me pergunto e agora te pergunto: Eu mereço todo esse amor? Se mereço, não sei ... mas Dele preciso.
 Confesso Senhor, teus tabernáculos são meu socorro, meu abrigo, meu amor. Teus tabernáculos Senhor são minha vida, a verdadeira sala do trono onde sempre encontro Aquele que procuro.
 Perdoa-me por muitas vezes não te visitar, por ser frouxo, relaxado e preguiçoso, ou até mesmo por ser indiferente ao Teu Corpo e Sangue; e dai-me graça para que, de hoje em diante, possa eu visitar-vos todos os dias para falar-lhe, silenciar-me ou apenas estar lá quando não me vier nada para dizer, pois só de estar em tua presença sei que tudo está bem.
 Senhor, colocai no meu Coração sempre a frase da Chiara Lubich, para que sempre eu pense em Vós, pois de fato eu vos digo meu bom Jesus: Enquanto houver Sacrário, eu não terei solidão.
 A Vós Santíssimo Sacramento, poder, honra e Glória, agora e para sempre. Amém.


Lucas Eduardo
Comunidade Geração de Maria

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