Porque a Igreja é contra o uso do preservativo?
Como já disse em algum artigo passado, sou operador de caixa em um supermercado. Ontem um funcionário que estava de folga entrou no mercado e comprou um preservativo com um ar irônico, porque lá todos sabem que sou católico. Do meu lado estava o meu amigo que é protestante, e disse: "compra o de morango" - na mesma hora eu disse: "sou contra isso".
Este meu amigo protestante me olhou surpreso e até mesmo confuso, pois eu acho que para a Igreja dele nunca ensinaram aquilo que nossa Santa Igreja nos ensina a este respeito. Depois desse episódio fiquei pensando: ' quantos católicos ao me ouvirem falar isso também ficariam surpresos?' Então ali, naquela hora, decidi fazer o presente artigo para explicar o porque da repulsa da parte da Igreja no uso do preservativo.
Muitos irmãos me perguntariam assim (ou por não saberem ou por afronta e repudio a verdade): " Mas porque a Igreja é contra a camisinha? ela não me protege na relação sexual de muitas doenças?"
Entenda, a Igreja não é contra a camisinha por ela mesma, mas é contra seu uso porque ela liberar um sexualismo desenfreado, quebrando assim uma regra que o próprio Jesus deixou no seu famoso sermão da montanha de São Mateus 5, a virtude da Pureza e Castidade. Nosso Senhor nos ensina: "Bem-aventurados os puros de coração pois verão a Deus" (Mt 5,8), e a camisinha nos ensina assim: "Bem-aventurados os impuros porque adquiriram prazer sobre a terra". Ai nos perguntamos (isso digo não aos impios, mas a nós pessoas de fé Católica): O que vale mais, ver a Deus e estar em paz ou gozar do prazer do mundo e estar perturbado na alma?
A Sagrada Escritura nos ensina: "para o impio não há paz" (Is 48,22) e estando sem paz estamos também sem alegria verdadeira.
Esse princípio da Igreja nos parece hoje impossível de se colocar em pratica porque vivemos numa sociedade que parou de amar a Deus e começou a amar os corpos uns dos outros. Não mais se ama o Outro MAS SE AMA OS CORPOS (COMO SE FOSSE UM PEDAÇO DE CARNE SUCULENTA) DOS OUTROS. Esses dias trabalhando escutei uma musica que dizia assim (Até me dá vergonha de escrever semelhante horror): "O meu corpo já virou PATRIMÔNIO EXCLUSIVO das mulheres que gostam de fazer amor", e infelizmente é isso que pensa o mundo moderno que , ao invés de se modernizar, esta voltando a idade da pedra onde vivem como um bando de animais no cio.
Outra objeção de muitas pessoas a essa posição Católica é a seguinte: " Mas como vou criar tantos filhos, vocês não pensam no sofrimentos deles?" Vou responder com o Catecismo da Igreja Católica no número 2368: "Por razões justas, os esposos podem querer espaçar os nascimentos de seus filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. (CIC 2368). Ou seja, os pais podem sim diminuir o número dos filhos desde que não seja por egoísmo de ter uma 'boa vida' ou riquezas sem conta ao invés de filhos. Aqui surge outra pergunta: "Mas sem camisinha, como não teremos filhos?" Vou dar aqui o metodo mais antigo e 100% seguro: A castidade.
É possível viver sem sexo, a finalidade da vida não é o sexo, mas é o amor, e o amor não quer dizer sexo. O amor é muito mais do que isso, é cuidar, é amar a alma e não só o corpo e sobretudo respeitar o corpo de cada um como um "templo do Espírito Santo" (1cor 6,19).
Essa é a posição maravilhosa e rica de nossa Igreja meu irmão católico, e se houve algum irmão Evangélico lendo esse artigo, sabei que essa é a posição da Biblia desde o antigo até o novo testamento como nos diz o Catecismo: "A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da benção Divina e da generosidade dos Pais" (CIC 2373).
Lucas Eduardo
Comunidade Geração de Maria
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