São Luis Gonzaga: O Deus que me chama é Amor


As Vésperas de celebrar a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Santa Igreja nos dá a graça de celebrar um santo que pode com propriedade nos introduzir nesse Coração cheio de Misericórdia: São Luis Gonzaga.
 Muita gente não sabe, mas é ele o padroeiro da juventude cristã.
 Luis Gonzaga nasceu em 9 de março de 1568, na cidade de Castiglione. Foi o primogênito de Dom Fernando Gonzaga, Marquês de Castiglione, e de Dona Marta Tana, dama da Rainha Isabel de Valois.
 Sua mãe era quem o educava na instrução religiosa, e se surpreendia a cada dia com a inclinação do seu filho ao sobrenatural. Já seu pai temia pois, como era de costume o primogênito da casa unir-se aos cavalheiros, via cada vez mais seu filho distante pelos costumes religiosos.
 Uma das virtudes que São Luís possuía de sobra era a pureza. Um dia, já com 5 anos, seu Pai levou Luís consigo para passar alguns meses entre os cavalheiros, na esperança de faze-lo acostumar-se com o sabor das armas. Ali o jovem santo aprendeu algumas palavras indecorosas (que não se assemelham com o que é falado hoje) e passou a pronuncia-las não sabendo seu significado. Ao voltar para casa de sua mãe, Dona Marta notou essas mencionadas palavra e o repreendeu severamente. Luís foi tomado de grande arrependimento e desde então nunca mais disse tais coisas, e tinha repudio ao ouvi-la.
 Aos nove anos, foi levado pelo pai Dom Fernando á Toscana. Ali chegou em suas mãos um livro sobre o Santo Rosário meditado. Esse livro imprimiu em seu coração de criança a devoção a Santíssima Virgem, de tal modo que chegou a fazer e entregar em suas mãos o voto de virgindade.
 No Sermão da Montanha, Nosso Senhor diz que "só os puros de coração podem ver a  Deus" (Mt 5,5), e foi o que aconteceu com Luís após sua viagem e estadia na Toscana.
 Na volta a Castiglione começaram em sua vida os eventos místicos. Muitas vezes era visto chorando em oração contemplando os atributos de Deus (sua bondade, misericórdia, e até mesmo sua justiça o fascinava). Tudo para Luís era oração.
 O famoso Dominicano Frei Garigou-Lagrange define bem a característica de sua alma citando como é o homem perfeito: "Depois da purificação passiva, os perfeitos conhecem a Deus quase de forma experimental (ou seja de convivência), não mais passageira, mas constantemente. Não somente nas horas da Missa, ou no Ofício Divino, ou nas orações, mas também no meio das ocupações exteriores, sua alma permanece voltada para Deus."
 Era raro ver o jovem Luís distraído com jogos ou brincadeiras (o que não significa que ele tenha sido triste), e até nessas horas estava ele em profunda oração, quase que em clausura dentro de si.
 Aos 12 anos, coisa rara em sua época, o Cardeal Carlos Borromeu (hoje São Carlos Borromeu) visitou sua diocese por saber de sua vida de santidade. Logo chamou o jovem para conversar, e assim se entreteve com ele mais de 2 horas conversando sobre a Religião. Depois da conversa, impressionado por seu entendimento tão precoce, deu-lhe a licença da primeira comunhão, que foi dada por suas próprias mãos.
 Depois da primeira comunhão , o jovem Luís decide entrar para a vida religiosa e começa ocultamente seu discernimento pessoal. Não sabia que ordem entrar. Pensou nos Franciscanos, Dominicanos, e até mesmo em ordens de clausuras, mas decidiu entrar para a Companhia de Jesus, pelo motivo da regra que proibi os membros de subirem de cargos eclesiásticos (como Bispo, Cardeal e Papa) , a não ser por um pedido especial do Santo Padre.
 Seu Pai ficou furioso com sua decisão, pois queria que o filho pelo menos mantivesse uma carreira eclesiástica já que se ausentou da cavalaria. Foram dois anos de luta, oração, e até mesmo de flagelação penitencial, que alias fez com que seu Pai, ao ver a cena pela fechadura de sua porta, desse a seu filho sua benção paterna.
 Depois de pedir ao rei a permissão de renunciar aos deveres cívicos, ingressa na companhia de Jesus em Roma.
 Os superiores se surpreenderam com a vida interior consistente e virtudes do Espírito Santo na alma do jovem seminarista, e redobraram a atenção sobre ele devido sua frágil saúde.
 No ano de 1591, estourou em Roma uma epidemia, que deu a oportunidade a Luís e elevar a virtude da caridade ao heroísmo. Ajudando nos hospitais e nas ruas, acabou contraindo a doença que o ceifou na flor da juventude, com apenas 23 anos.
 Seu confessor, Cardeal Roberto Belarmino (hoje São Roberto Belarmino) nos conta a ultima conversa que teve com o jovem São Luís:
-Então, o que faremos irmão Luís?
-Estamos a Caminho (sublinhado: Luís)
- Para onde ?
- a caminho do Céu ! que, se não me impedirem os meus pecados, espero chegar pela Misericórdia de Deus.
 Em seguida Luís pedi a unção dos enfermos a São Roberto Belarmino. Esse com toda a devoção lhe oferece a extrema unção ás 19:00 hrs, e as 20 hrs, repetindo os nomes docíssimos de Jesus e Maria, expira em profunda paz.
 Depois dessa longa leitura, o que podemos tirar dessa história?
 Podemos tirar que o amor por Jesus é capaz de nos fazer desprendermos de tudo, de títulos, realezas, riquezas, de honras, prazeres e tudo o mais , para só a Ele amarmos.
 Nisso está a nossa felicidade e Salvação, amar Jesus na terra para ama-lo no Céu!

São Luís Gonzaga, padroeiro da Juventude, rogai por nós!



Lucas Eduardo
Comunidade Geração de Maria

Link arautos do Evangelho:http://www.arautos.org/secoes/artigos/especiais/sao-luis-gonzaga-o-deus-que-me-chama-e-amor-143552
Link video Padre Paulo Ricardo: https://padrepauloricardo.org/episodios/sao-luis-gonzaga

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